quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Hoje eu não tenho nada de interessante pra contar. Dia normal, com pessoas normais, em lugares normais. Odeio quando nada de inédito e surpreendente acontece nos meus dias. Minha vida está ficando mais monótona a cada dia que passa, e isso está me decepcionando ;~
Todos os dias eu acordo com o pensamento de que alguma coisa inusitada vai acontecer, e eu espero sentado. Queria que a minha vida mudasse em 20 segundos, queria pegar a minha mochila e viver uma aventura por aí, queria poder viajar pelo mundo, queria... ah, sei lá!
Tô começando a acreditar que eu vou viver assim pra sempre, e isso me deixa tenso :S
Minha vida não é uma caixinha de surpresas, até hoje. Amanhã tudo pode mudar.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Eu odeio despedidas, acho que já disse isso aqui. Sei lá, ter que ver uma pessoa especial ir embora não é nada legal. Mesmo tendo a certeza de que ela vai voltar, eu fico triste.
Só esse mês tive que me despedir de duas pessoas que são fundamentais pra minha felicidade ficar completa.
E aquele vazio fica ali, me fazendo companhia até que elas voltem. É o tipo de vazio que só aquela pessoa mesmo pode preencher.
Odeio!
Odeio ter que abraçar pela ultima vez, ter que olhar pela ultima vez, ter que beijar pela ultima vez, odeio ter que dizer adeus... isso tudo me deixa um pouco solitário preso dentro de um mundo escuro, triste...
É como se eu estivesse dentro de uma bolha e só elas podem estourá-la. E isso é bem estranho.
Mas eu fico confortável com a certeza de que elas voltam, sempre voltam. E aí tudo vai voltar ao normal, tudo vai ser motivo de risadas... até a hora em que, elas têm que partir novamente, e eu tenho que voltar pro meu mundo... vazio e solitário.

Mania de explicação

Explicação é uma frase que se acha mais importante do que a palavra.
As pessoas até se irritavam, irritação é um alarme de carro que dispara bem no meio de seu peito, com aquela menina explicando o tempo todo o que a população inteira já sabia. Quando ela se dava conta, todo mundo tinha ido embora. Então ela ficava lá, explicando, sozinha.
Solidão é uma ilha com saudade de barco.
Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança pra acontecer de novo e não consegue.
Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo.
Autorização é quando a coisa é tão importante que só dizer "eu deixo" é pouco.
Pouco é menos da metade.
Muito é quando os dedos da mão não são suficientes.
Desespero são dez milhões de fogareiros acesos dentro de sua cabeça.
Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.
Agonia é quando o maestro de você se perde completamente. Preocupação é uma cola que não deixa o que não aconteceu ainda sair de seu pensamento. Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer mas acha que devia querer outra coisa. Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára. Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido. Pressentimento é quando passa em você o trailer de um filme que pode ser que nem exista. Renúncia é um não que não queria ser ele. Sucesso é quando você faz o que sempre fez só que todo mundo percebe. Vaidade é um espelho onisciente, onipotente e onipresente. Vergonha é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora. Orgulho é uma guarita entre você e o da frente. Ansiedade é quando faltam cinco minutos sempre para o que quer que seja. Indiferença é quando os minutos não se interessam por nada especialmente. Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento. Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado. Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes. Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração. Alegria é um bloco de Carnaval que não liga se não é fevereiro. Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma. Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros. Decepção é quando você risca em algo ou em alguém um xis preto ou vermelho. Desilusão é quando anoitece em você contra a vontade do dia. Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente, mas, geralmente, não podia. Perdão é quando o Natal acontece em maio, por exemplo. Desculpa é uma frase que pretende ser um beijo. Excitação é quando os beijos estão desatinados pra sair de sua boca depressa. Desatino é um desataque de prudência. Prudência é um buraco de fechadura na porta do tempo. Lucidez é um acesso de loucura ao contrário.
Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato. Emoção é um tango que ainda não foi feito. Ainda é quando a vontade está no meio do caminho. Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele. Desejo é uma boca com sede. Paixão é quando apesar da placa "perigo" o desejo vai e entra. Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado. Não. Amor é um exagero... Também não. É um desadoro... Uma batelada? Um enxame, um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego? Talvez porque não tivesse sentido, talvez porque não houvesse explicação, esse negócio de amor ela não sabia explicar, a menina.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Vou secar qualquer lágrima
Que ousar cair
Vou desviar todo mal do seu pensamento
Vou estar contigo a todo momento
Sem que você me veja
Vou fazer tudo que você deseja.

(Anjo - Banda Eva)
Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

domingo, 25 de outubro de 2009

E hoje eu me peguei pensando em ti de novo.
Eu não sei porque eu ainda fico surpreso com isso, afinal já está virando rotina.
Sinceramente, eu não estava procurando ninguém, mas tu apareceste no meu mundo e trouxeste sorrisos, beijos, abraços, carinho, amor e... SAUDADES.
O chato de toda essa história é que esse sentimento de saudade ás vezes é bom, e ás vezes não. E é um pouco estranho ter que sentir isso e não poder fazer nada pra evitar :(
Namorar a distância é bem difícil, não vou negar, é bem difícil mesmo, mas o amor que eu sinto por ti supera as saudades, a distância, o tempo... TUDO.
Começo agora a acreditar em uma frase de Roger Buss-Rabutin onde ele diz que "a distância faz ao amor aquilo que o vento faz ao fogo: apaga o pequeno, inflama o grande", porque a cada dia que passa, o amor que eu sinto por ti aumenta em uma proporção imensurável.
Passo maior parte do meu dia imaginando como vai ser quando eu estiver do teu lado de novo, o que eu vou falar, o que eu vou fazer...
Conto os dias pra te ter aqui do meu lado de novo, e eu espero o tempo que for preciso pra isso, só pra poder olhar nos teus olhos de novo e dizer 'Eu te amo'

for D.
I love you so much ♥

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Um amor que chega sem ser esperado...
Que não pede permissão para entrar...
Mas que invade o corpo inteiro... Como se dono fosse do meu ser...
Um amor que vi aos poucos dentro de mim crescer!
Um amor que a distância não impediu,
De aflorar na minha existência tão sem graça.
Que me trouxe a alegria de estar vivo...

Que despertou a emoção adormecida!
Quando descobri que estavas em minha vida,
Ah esse amor que chega a doer de tanta saudade...
Que anseia em seus braços um dia ser aconchegado.
Que sonha com seu rosto um dia acariciar.

Em teu corpo os delírios do prazer sentir...
E o seu coração com o meu amor seduzir!
Ah esse amor..., esse amor...
Que deixa meu corpo em brasas.
Quando em sonho muitas vezes acordado.
Sinto o seu corpo sob o meu, e
Assim por ti estar sendo amado.

O que seria de mim se não sonhasse!
Talvez perdesse a esperança....
Mas eu sonho, e tenho esperança.
Que um dia em nossas vidas vou lhe encontrar,
Com meu carinho e meu amor poder dizer,
Que eu nasci para lhe amar e ser amado por você!